quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sem adversários na cidade, equipe de hóquei em linha de Brasília busca competições em outros estados para manter-se em atividade


Todas as quartas de sextas-feiras à noite, uma das quadras poliesportivas da Universidade Católica de Brasília é invadida por um grupo que poderia assustar a um desavisado que passa por perto. “Armados” com capacetes, joelheiras e tacos de mais de um metro, 26 atletas do time UCB Hockey in-Line perseguem o difícil sonho de praticar um esporte muito pouco conhecido no Brasil… e menos ainda na capital federal.

O hóquei em linha é uma modalidade que repete quase todas as regras do — bem mais conhecido — hóquei no gelo. Com a diferença, claro, de que é disputado em quadras de cimento e sobre patins com rodas. Em Brasília, o time nasceu da união de alguns amigos que gostavam de jogar nos estacionamentos do parque da cidade, inspirados pelos profissionais da NHL, liga norte-americana da versão no gelo.

Com o passar do tempo, eles se organizaram e conseguiram o registro na Confederação Brasileira de Hockey no Gelo — que engloba também o hóquei em linha —, com a possibilidade de participar de algumas competições.

Por ser um esporte pouco praticado, o time percorreu vários espaços da cidade à procura de um lugar para treinar antes de encontrar o espaço na Universidade Católica. “Muitos lugares não aceitavam que praticássemos o esporte. Por ser uma modalidade que parece violenta, algumas pessoas têm preconceito”, comenta o goleiro do time Duarte Ferreira, 22 anos.

Na Católica há seis meses, o time diz-se satisfeito com o local, mas aponta outras dificuldades. “Aqui há uma ótima estrutura para o treinamento, mas infelizmente ainda não temos patrocínio”, comenta a o treinador, Igor Corrêa. A falta de dinheiro compromete os planos de fazer mais amistosos e participar de competições fora de Brasília. “Pedimos o valor de 30 reais por mês dos alunos como forma de ajuda nas dispensas com competições e equipamentos”, comenta Igor.

O hóquei não é um esporte barato de ser praticado. O equipamento completo de um jogador custa por volta de mil reais. Para os goleiros, que usam um patins especial, esse valor pode ser ainda mais alto. “Os patins da modalidade são diferentes dos convencionais, com mudanças nas rodinhas e na estrutura”, explica Duarte.

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