Em época de verão, todo mundo quer entrar em forma. No entanto, algumas pessoas não gostam nem de ouvir falar em correr, fazer transport, pedalar em uma bicicleta ergométrica e levantar pesos, por motivos diversos. Para quem pensa assim, uma ótima alternativa para estar sarado no verão está em algo até então visto puramente como diversão no país.
Patinação no gelo ajuda a emagrecer
A patinação no gelo trabalha todo o corpo, definindo músculos e ajudando no torneamento de pernas e glúteos. Em relação à perda de peso, a atividade apresenta números significativos: em uma hora de patinação no gelo, são percorridos cerca de 3 km e queimadas, em média, 600 calorias. Outro aspecto que conta a favor das atividades no gelo é a temperatura agradável na pista, mesmo em pleno verão.
“A patinação artística no gelo é um esporte completo, pois trabalha pernas, braços, abdômen e costas. Quem patina perde celulite e culote, fica com os músculos definidos e ganha torneamento nas pernas e glúteos”, afirma Jaqueline Pastusiak, professora de patinação artística da Escola Pastusiak, que funciona no Barra on Ice.
Os benefícios da patinação no gelo não param por aí. A atividade não só ajuda a emagrecer como também desenvolve certos aspectos mentais e melhora a postura.
“A patinação exige muita concentração, desenvolve o equilíbrio e também melhora a postura e a sustentação, pois o patinador tem de manter o eixo da coluna cervical reto e os braços estendidos. Quem patina ainda ganha agilidade, resistência e elasticidade, por conta do alongamento que é feito como aquecimento, além de ajustar o posicionamento e a firmeza dos pés”, diz a professora.
Unindo malhação e diversão, deslizar no gelo ainda desestressa. Na atividade, um corpo bonito pode ser adquirido de maneira relaxada e descontraída. Vale lembrar que a patinação artística no gelo é considerada um dos esportes mais belos dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Para quem foge da patinação com medo de quedas e escorregões não precisa se preocupar. O equilíbrio e a adaptação às lâminas dos patins não requer muito tempo. Em dois ou três meses, os antigos patinadores de primeira viagem já conseguem até arriscar movimentos ousados, antes considerados impossíveis por eles próprios.
“Isso varia de pessoa para pessoa, porque alguns são mais inseguros por natureza. Em média, patinando uma hora duas vezes por semana, em dois ou três meses quem nunca havia patinado já consegue executar uma pirueta ou saltos básicos”, conta Jaqueline.
Outra modalidade que é praticada no gelo e pode substituir atividades realizadas em uma academia é o hóquei. Com a prática deste esporte, que também movimenta todas as partes do corpo, a pessoa trabalha a parte aeróbica, força e desenvolvimento da coordenação motora.
A adrenalina em uma partida vai a mil, tanto para jogadores e expectadores. A atmosfera de monotonia que muitos reclamam em certos tipos de atividade física passa longe no hóquei. Nos últimos quatro anos a procura pela prática no Brasil cresceu significativamente. Tal fato deve-se às transmissões televisivas das Olimpíadas de Inverno e a afinidade da modalidade com os brasileiros.
“É fácil compreender porque a procura no Brasil cresce consideravelmente. Essa modalidade tem semelhanças com o futebol, que é a paixão nacional. Os brasileiros gostam de disputa acirrada, velocidade e emoção. Elementos que os dois esportes reúnem”, explica Gê Cardoso - coordenador da escola Mad Parrots, que também funciona no Barra on Ice.
A adaptação a prática de hóquei é rápida. Com um mês de aula, o aluno consegue ter uma performance satisfatória. A afirmação também vale para os que ainda não sabem andar de patins. “Mesmo que a pessoa não tenha noção como patinar ela pega rápido. Como o jogador tem de pensar na marcação, criação de jogadas e finalização ele aprende a patinar naturalmente”, afirma Gê Cardoso.
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